sábado, 8 de agosto de 2015

sorry.

ô caralho!

que se foda essa porra toda,
toda essa montagem que construí com as melhores cartolinas,
papeis disponíveis nas melhores papelarias da cidade.

Gastei uma nota.

papéis, cola, os melhores lápis, as melhores tintas.

ninguém me pediu, não foi encomenda.

vai!

chora, grita, rasga, destrói essa historinha patética que você criou para se sentir presente dentro de tudo o que os que te rodeiam vivem.

critica o que não te pertence.


alimenta o que não existe.

ama ninguém.

Todo tempo eu busquei um endereço que não existia no mapa, uma pessoa que não nasceu, uma música que ninguém compôs.

dançando sem melodia, sem luz... criou-se uma ideia vazia.

faz parte desse aprendizado vida.

MEU DEUS, EU ESPEREI POR ALGO\ALGUÉM QUE NUNCA IRIA CHEGAR, como Você me permitiu isso dentro da sua inexistência criada por  mim?

A sentença mais fácil a ser dita seria: que se foda.

mas não é fácil para mim que tanto criei, esperei, construí, viver o que se passa na ponta dos meus dedos agora.

TÁ FODA!

amar nada, nem ninguém.
nunca esperei por isso.


domingo, 2 de novembro de 2014

ansiedade.

o ponteiro não se atrasa ao passar por cima de cada ponto que lhe é destinado no relógio.

não quero ser responsável por violar os ponteiros do tempo, das horas.

essas horas que me consomem, minutos sequenciais. segundos esses que duram horas.

passa o tempo da canção, da poesia dita, poesia lida , passa a hora de uma tarde inteira
a hora de uma espera que demora muito mais que o tempo de esperar. eu estou esperando. te esperando.

não leio, não vejo e nem ouço a hora se aproximar do que espero.
eu te espero.

certeza cega que luta contra minha paciência fazendo-a paciente. 

te esperar não demora. 

a demora está no tempo construído pela hora dos homens, dos outros. seu tempo é o meu tempo, uma espera nossa.

eu espero por nós o tempo que for. 

nosso tempo é nosso. e o nosso, nosso, não é de mais ninguém.

pertencemos ao nosso próprio tempo, e pertencemos somente a nós mesmos.

sigo aqui, esperando você chegar com um sorriso que só você sabe dar.

nenhuma espera é vã quando se espera de verdade.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

vento

como o vento que sopra em minha direção
me atordoa, atrapalha e embaraça

vento forte que nada diz, um assobio auto ensurdecedor
que me tapa os ouvidos, cala minha voz, cega minha visão.

vento esse que quando perto é brisa
quando longe vendaval

desestrutura
me jogando em vários lugares
sem que eu consiga me segurar, me proteger, me preservar

fico fixo em você.

es ventania... vendaval
apenas passa por mim

me toca mas não me encosta

e como vento que é, vem e vai

não marca hora
não pede licença
não vê por onde passa
não recolhe os seus estragos

vento vento vento

quisera fosse brisa

mas quando coloco a cabeça para fora de uma janela num carro em movimento
não busco nada, só busco vento.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

um tanto pouco.

são tantas as palavras que gostaria de organizar e formar frases, parágrafos, textos tantos os sentimentos e sentidos que gostaria de transformar em palavras. é tudo tão tanto, que não tem nada. não há palavra, frase, parágrafo, texto. às vezes o tanto, o muito, o tudo não representa nada. gera nada. é tudo tão tanto que não constrói nada. que não espera nada. que não valoriza nada. nada importa mais. ter tudo é a linha tênue do ter nada. quando o pouco se torna tudo é quando o tudo nada foi. ficaremos com tudo para não ter nada, ou teremos algo, só que pouco?

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

LEGALIZEM O AMOR!

Tudo é uma questão de reconhecimento.

Reconhecer que todos somos um, e que seu cada qual possui diferentes defeitos e qualidades, reconhecer que somos unidade e que únicos são os nossos problemas que não são maiores nem menores do que os de ninguém, unicamente nossos. reconhecer que quando a voz silencia por não conseguir o que dizer, escutar o coração. Reconhecer que cada gesto é dado a partir do que se pode ser doado e não a partir do que se espera, reconhecer que muita resposta está respondida na pergunta. É uma questão de reconhecer que eu não sou igual a você, você não é igual a mim, que assim sejamos felizes, reconhecendo o fato de que o intrigante da vida está em conhecer o desconhecido, não o desconhecido ao longe, mas esse aí que você não reconhece em você.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

ninguém vive de compaixão

daquilo que podia ter sido feito pelo o que não se fez. o que poderia ter sido dito até onde não se falou. não precisa alisar um cão para ter sua lealdade. o cão já é leal por si só. porque sem querer nada em troca ele cuida proteje está. mas é um cão. o limite das coisas não possui limite. não existe. nunca existiu. nossa capacidade de criar, imaginar nos faz ver um mundo que nunca existiu sofrer e sorrir por nada. ninguém vive de compaixão. e não é dela que eu vivo não é dela que eu vou viver... nem sei o que é isso sei do que vejo do que toco do que posso ilusão sempre vai existir está em nós querer viver dela tolos vivem de ilusão. tolos vivem do que não existe do que se quer acreditar. acreditam sozinhos nada se realiza sozinho, é um conjunto, soma de fatores, fatores realizadores. abri os olhos, vi o sol e é sim amarelo, mas queima, arde mas é uma ardencia, um quente real. prefiro o tátil ao imaginável. o que se imagina não se vive. prefiro viver.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

quando o pequeno pode se tornar imenso.

voto pelo simples, pelo sutil... acredito na inocencia e na pureza... sei que existe além sei que iremos além... mas acredito na essencia... no real no que realmente é! acredito no que você é e quero acreditar no que eu sou. vamos construir uma realidade parelela sem se perder do mundo real...
e chegará o dia em que fecharei meus olhos.

assim prefiro.

insensato.seria insensato falar de um coraçao que pensa,sente e sonha por algo ou alguem que nao esta?mas esta! esta em pesamento,sentimento e sonho... te penso,te sinto em sonho,coisa doida de meu Deus. insensato seria nao dizer...